terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Um amor que supera tudo - 6

O casamento

No dia 12 de abril de 1956, aconteceu o tão sonhado casamento, que segundo o noivo foi o dia mais feliz de sua vida. “Quando vi a Nina entrando na igreja, eu senti como se estive nascendo de novo”, diz Zezé com os olhos brilhando.
Poucos dias depois Nina teve que operar para retirar o apêndice que havia inflamado. Dona Avelina ainda pediu para o médico “ligar” a filha para que ela não pudesse engravidar. O médico não aceitou o pedido.
Depois de dois anos de casados nasceu o primeiro filho, Lemart. Zezé conta que, “depois que a mãe da Nina viu que ele não era escurinho ela apaixonou pelo menino e não saía mais de dentro lá de casa”.

Humildade

Dona Avelina, aos 53 anos, teve agravações na tireóide e diabetes. Ficou muito doente e no fim morreu nos braços da filha e do genro. Embora o casamento tenha acontecido e ela até melhorado, nunca pediu desculpas para Zezé pelas atitudes que teve.
Senhor Arlindo, algum tempo depois da morte da mulher sofreu derrame e ficou paralisado de um lado. “A gente levou ele pra morar na nossa casa, dava banho, cuidava dele o tempo inteiro”, conta Zezé. Também faleceu com a filha e o genro zelando por ele, como a esposa. O sogro, porém, se redimiu com Zezé. “Se alguém brigasse comigo ele comprava a briga. Era Deus no céu e eu na terra”, ele lembra saudoso.
Nina teve mais dois filhos, Leovaldo e Lenard. Leovaldo nasceu com sopro e não agüentou mais do que nove meses. “Naquela época a medicina era muito fraca, até cirurgia de apêndice era arriscado”, conta Zezé.

Dias de casados


A vida de casados sempre foi ótima, já que eles se amam tanto, como garante Zezé. Ele continuou a tocar nos bailes, mas agora iam todos. “Quando me chamavam eu aceitava só se minha ‘muié’ pudesse ir. Colocava a sanfona de um lado e a Nina e os meninos de outro e ia tocar nos bailes, depois de casado eu nunca fui tocar sem ela” se orgulha Zezé.
Sempre passou pelas dificuldades se fortalecendo na fé. Católicos, afirmam já ter recebido muitas graças pela intercessão dos Santos Reis e Nossa Senhora D’Abadia. Morou em Ponte Alta até 1990, quando voltaram para Uberaba.

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