terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Um amor que supera tudo - 1

“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
I Coríntios 13, 4-7


Zezé e Nina
José Sebastião de Oliveira, o “Seu Zezé”, é um senhor de 75 anos que toca violão, viola, contrabaixo, sanfona, gaita e por aí vai... Arlinda de Souza Oliveira, a “Dona Nina”, tem a mesma idade de Zezé, faz bordado, fuxico, tricô e se define como a “estante” dele.
Ele é um negro alto, usa óculos e os cabelos já são brancos. Nina também já tem os reflexos da “melhor idade”, os cabelos, na maioria das vezes presos, tem um tom cinza. É baixinha e, mesmo com o olhar terno que só as avós tem, garante ser uma espanholinha de gênio forte. Os dois formam um casamento que já completou 54 anos em maio de 2010. Uma história que passa por várias turbulências até que eles tenham um final feliz.
A entrevista começa na casa deles, eu me sento em um sofá e eles em outro, de frente conversamos. Ele, sempre carinhoso, pedia a confirmação de tudo o que falávamos e ela aos poucos abria o livro de sua vida sem perder o humor. Já no começo, ela diz que quem manda é ela.
Assim a segue não uma entrevista, mas uma conversa agradável em uma casinha, no alto do bairro Cartafina em Uberaba, sobre histórias de um tempo que hoje causam gargalhadas, mas antes foi motivo de muitas lágrimas.

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